Professores da rede estadual de SP aprovam greve por contratações e novo piso

Mobilização busca pressionar o governo de Tarcísio de Freitas; nova assembleia acontece em 25 de abril

Os professores da rede estadual de São Paulo aprovaram, em assembleia realizada nesta sexta-feira (21), o início de uma greve a partir do dia 25 de abril. A decisão foi tomada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), principal entidade representativa da categoria, com o objetivo de pressionar o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) por melhores condições de trabalho, incluindo a exigência de novas contratações e o cumprimento do piso salarial da educação.

Reivindicações da categoria

Os docentes argumentam que o governo estadual não tem cumprido integralmente o piso salarial nacional da educação, estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC). Além disso, a categoria cobra a realização de novos concursos públicos para a contratação de professores efetivos, já que muitas escolas enfrentam déficit de profissionais e precarização das condições de trabalho devido ao alto número de contratos temporários.

Segundo a Apeoesp, a atual política educacional do governo paulista tem impactado negativamente a qualidade do ensino e sobrecarregado os professores. “A rede estadual sofre com a falta de docentes, turmas superlotadas e falta de valorização profissional. Nossa mobilização é fundamental para garantir direitos e a qualidade da educação pública”, afirma Maria Izabel Noronha, presidenta da entidade.

Governo ainda não se manifestou oficialmente

Até o momento, o governo de Tarcísio de Freitas não divulgou uma resposta oficial sobre a decisão da greve. No entanto, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo já havia informado anteriormente que os salários dos professores foram reajustados em 2023 e que continua estudando formas de aprimorar a estrutura da rede estadual.

A greve pode impactar milhões de estudantes da rede estadual, que já enfrentaram dificuldades no ensino durante a pandemia e ainda lidam com desafios estruturais nas escolas.

Próximos passos da mobilização

A paralisação está marcada para começar no dia 25 de abril, quando os professores realizarão uma nova assembleia para decidir se a greve será mantida por tempo indeterminado. Além disso, a Apeoesp pretende intensificar atos públicos e diálogos com parlamentares para pressionar o governo a atender às demandas da categoria.

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