O governo de São Paulo iniciou um polêmico processo de remoção de famílias da Favela do Moinho, localizada no coração da cidade. A ação, que começou no dia 22 de abril de 2025, visa transformar a área em um parque público. Esta mudança programada é parte de um projeto habitacional da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), destinado a oferecer novas moradias para as cerca de mil famílias que atualmente habitam a favela.
Até o momento, 86% das famílias já iniciaram o processo de adesão aos programas habitacionais, com 531 famílias habilitadas e 444 já com imóveis de destino definidos. Apesar dos avanços, a transferência do terreno, que pertence à União, ainda está em fase de cessão e requer ajustes no plano de reassentamento.
Entretanto, a iniciativa não tem sido bem recebida por todos. Moradores têm realizado protestos, ressaltando que a favela abriga comércios que são a principal fonte de renda para muitos, além de serem comunidades com laços sociais profundos. O passado recente da Favela do Moinho também é marcado por uma operação em 2024, que se concentrou em atividades criminosas associadas ao PCC, complicando ainda mais o cenário local.
A questão da remoção está longe de ser simples, envolvendo considerações sobre o direito à moradia e a preservação da identidade da comunidade.